CRM – Customer Relationship Management/ Gestão da Relação com os clientes

O CRM é uma parte da estratégia de Marketing Relacional que se foca no cliente e nas suas necessidades e desejos, com o objectivo de melhorar o lucro da empresa e de criar propostas de valor capazes de satisfazer essas necessidades da melhor maneira. Trata-se de fazer uma comunicação certa, com o cliente certo, de forma continua, conhecendo o cliente e adaptando a estratégia a esse mesmo cliente.

É sabido que é muito mais fácil e menos dispendioso manter um cliente do que atrair um novo e é nesse principio que o CRM se baseia, através da optimização das relações entre o cliente e a empresa, tentando aumentar o life time value (valor do tempo de vida) de cada cliente. Assim, a partir do conhecimento individual de cada cliente, há que saber o que ele compra e o que não compra para se estabelecer um relacionamento prolongado que permita a sua fidelização.

Os softwares de CRM dão informação sobre reclamações, procura e todo o tipo de manifestações dos clientes. Estes softwares são normalmente divididos em três partes: Operacional, Analítica e Colaborativa (as três estão presentes em todos os Softwares, umas mais desenvolvidas do que as outras). A parte operacional diz respeito às aplicações que interagem directamente com o cliente, a parte analítica analisa os dados dos clientes gerados pela operacional e a parte colaborativa permite o acesso a serviços colaborativos como conferência, call e contact center, e-mail ou comunidades de clientes, facilitando assim as interacções entre estes e a empresa.

Nas aulas de E-marketing, tivemos a possibilidade de experimentar um software de CRM: O Sugar CRM. É um software gratuito e com alguma prática é bastante fácil de utilizar.

Para quem estiver interessado, o software pode ser descarregado a partir do website www.sugarforge.org, tal como o Language Pack para português.






Existe ainda um vídeo sobre CRM e sobre o software propriamente dito no seguinte link: http://www.youtube.com/watch?v=BMtv6sbmdLc

Marketing Mix e E-Marketing

O marketing é o processo pelo qual as pessoas obtêm aquilo de que necessitam e desejam por meio da criação, oferta e troca de produtos e serviços, é um método particular de executar uma actividade envolvendo geralmente uma série de passos ou operações.

A Internet é hoje uma parte essencial no quotidiano do consumidor e é determinante na forma como este selecciona o melhor fornecedor, escolhe os produtos, interage com marcas e realiza as suas compras exigindo cada vez mais fiabilidade, rapidez, garantias e maior privacidade na informação. Esta surge relacionada com os factores e impactos a nível do preço assumindo-se uma estratégia de preços especifica em E-marketing. A variável preço influencia vários factores, tais como:



• Redução dos custos (recursos humanos, processamento de encomendas e cobrança) pois os clientes acedem directamente aos produtos e serviços online, o que possibilita margens de lucros maiores e preços mais reduzidos;

• Concorrência que é cada vez maior e por isso tem que ser controlada;

• Transparência do mercado possibilitada pela facilidade na comparação de preços através de agentes de shopping, ou seja, os chamados motores de comparação de preços (www.preços.com.pt, www.kuantokusta.pt, www.pricescan.com);

• Diminuição das diferenças de preços associadas a diferenças geográficas e á falta de informação no mercado;

• Aparecimento de empresas com foco no preço baixo devido a estruturas de custos flexíveis (Empresas aviação low-cost - www.easyjet.com - e agências viagens - www.exit.pt,www.vueling.com);

• Inovadores modelos de pricing, leilões (www.ebay.com, www.miau.pt, leilões.sapo.pt) e leilões inversos (clientes indicam o valor máximo a pagar - www.priceline.com).



Em suma, as razões pela qual a dispersão de preços é tão elevada (podendo atingir valores entre 25% e 33%) está não só no facto de o preço obtido poder ser fixo ou por leilão (dinâmico) mas também nas diferenças relativas às formas de entrega do produto (o que altera significativamente o preço final) e por fim, caso o factor tempo seja importante este pode condicionar o preço e nos motores de comparação de preços o cliente pode optar por marcas mais conhecidas, logo mais caras.



Ao falar em comércio electrónico pensamos em qualquer actividade de intercâmbio comercial cujas transacções básicas – ordens de compra, pagamentos e ordens de entrega – se realizam electronicamente, sendo necessária, para a sua eficácia, uma estratégia de distribuição e comunicação em e-marketing.

O E-marketing influencia toda a cadeia de distribuição desde os produtores e fornecedores de produtos/serviços passando pelos intermediários (grossistas/retalhistas) e a internet afecta-os a todos profundamente pois permite eliminar elementos desta cadeia e possibilita novos canais de distribuição. A estratégia deverá então basear-se:

• Num canal de baixo custo e baixo investimento (custos de transacção inferiores a um canal normal, reduzindo barreiras á entrada e aumentando a actividade das operações – custos );

• Na distribuição online de produtos desmaterializados (Amazon.com e os ebooks, Itunes.com e a música, Software houses com software e empresas com informação online/clipping);

• Na integração automática de processos administrativos;

• No acesso alargado a mercados (rompimento de barreiras geográficas);

• Na desintermediação;

• Na reintermediação (Agregar produtores e /ou consumidores)

• Em E-marketplaces (plataformas facilitadoras da negociação de produtos e serviços, suportadas na Internet, numa comunidade de muitos compradores e muitos vendedores) - Na sua essência um e-marketplace deverá procurar não favorecer compradores nem fornecedores. Um emarketplace, no fundo, estimula um mercado tradicional, onde compradores e fornecedores se encontram para transaccionar e colaborar.





A variável comunicação inclui diferentes alternativas ao dispor das empresas para atingirem principalmente os seus clientes e clientes potenciais, assim criam visibilidade para produtos e serviços, comunicam preços e locais de venda, constroem marcas, criam imagens positivas sobre a empresa ajudando os responsáveis pelo marketing a estabelecer relações a longo prazo com os clientes através dos elementos do mix da comunicação: publicidade, força de vendas, marketing directo, patrocínio e mecenato, merchandising, promoções, e relações públicas. Uma estratégia de comunicação deverá então basear-se:



• Numa Comunicação bidireccional com o cliente tendo em conta a interactividade do meio como os canais online de serviço de apoio ao cliente, reacção a e-mails, banners, imagens, Comunicação pull como ofertas e diálogo personalizado (origem geográfica e Google adwords) e precisão no targeting (Google adwords ou site de referência);

• No Feedback e retroalimentação dos consumidores (ferramentas de comunicação) como blogs (blogger), sites conteúdos utilizador (Youtube), redes sociais (hi5, orkut, facebook), sites de reviews (tripadvisor, mochileiro) e sites de queixas (queixas.co.pt);

• No modelo de comunicação como e-mail (e-mail de campanha para promover produtos específicos e e-mail do consumidor para a empresa) que é importante gerir de forma rápida pois o cliente requer respostas rápidas e esclarecedoras, publicidade online (banners e e-newsletters), promoção de vendas online (música, software, capítulos de livros);

• Na desmaterialização dos produtos pois muitos dos novos produtos e serviços que surgiram com a internet foram introduzidos por empresas que nasceram para os lançar (Netscape, yahoo, Amazon), outras lançaram produtos e serviços relacionados com a internet (Microsoft – Internet Explorer); no maior número de opções para o consumidor (inovações ao nível de produtos/serviços) como webcams, motores de busca e outros e por fim na configuração do produto pelo consumidor.